O site abaixo contém várias informações que não podem ser esquecidas na hora de prestar socorro a alguém, então fica a dica!
CONCEITO DE PRIMEIROS SOCORROS:
“São as ações iniciais aplicadas às
vítimas em situação de emergência (acidentes, mal súbito), no local em
que ocorreram ou se manifestaram, que tem por finalidade manter a vida,
sem provocar novas lesões ou agravar as já existentes, até a chegada do
socorro qualificado ou ao recurso hospitalar adequado”.
FINALIDADE:
Salvar uma vida;
Prevenir danos maiores;
Manter a segurança durante o atendimento das emergências para prevenir novo acidente;
Transportar com segurança e rapidez para o hospital, quando for o caso.
VÍTIMA:
É toda pessoa que tenha sofrido um acidente ou um mal súbito qualquer que necessita de socorro imediato.
ASPECTOS LEGAIS NA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS:
A Legislação no Brasil no CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, no Artigo 135 aborda o “Crime de Omissão de Socorro”.
Artigo 135: “Deixar de prestar assistência, quando possível de fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e eminente perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
PENA: detenção de 1(um) ano e 6(seis) meses, ou multa.
I - INTRODUÇÃO
Os primeiros socorros são a primeira ajuda ou assistência dada a uma
vítima de acidente ou doença súbita antes da chegada de uma ambulância ou
médico.A finalidade dos primeiros socorros é:
- Preservar a Vida;
- Evitar o agravamento do estado da vítima;
- Promover o seu restabelecimento.
É da responsabilidade do socorrista:
- AVALIAR A SITUAÇÃO
- IDENTIFICAR A DOENÇA
- PRESTAR SOCORRO
- PROVIDENCIAR TRANSPORTE
II - ALGUMAS NOÇÕES DE SOCORRISMO
AVALIAÇÃO DO PULSO PERIFÉRICOPULSO CAROTIDEO:
Com dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria carótida situada no pescoço entre a traqueia e músculo esternocleidomastóideo (fig. 1).
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Fig. 1 |
PULSO RADIAL:
Dois dedos (indicador e médio) sobre a artéria radial situada na face interna do antebraço entre o rádio e os primeiros tendões (fig. 2).
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Fig. 2 |
AVALIAÇÃO DA CAIXA TÓRACICA
Ver os movimentos da caixa torácica e ouvir os sons.
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (PLS)
1 º - Com a pessoa deitada, colocar-lhe a cabeça para trás e de lado (para impedir a queda da língua e a sufocação por sangue, vómitos ou secreções;
2º - Por o braço de lado para onde virou a cabeça ao longo do corpo;
3º - Flectir a coxa do outro lado; (fig. 3)
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Fig. 3 |
4º - Rodar lentamente o bloco cabeça, pescoço e tronco (fig. 4);
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Fig. 4 |
5º Manter a posição da cabeça para trás e para o outro lado, mantendo a boca aberta.
EPILEPSIA, Pequeno e Grande Mal Epiléptico.
Epilepsia é a situação que
resulta de uma tendência para breves interrupções na actividade eléctrica do
cérebro, que provocam desde de perda momentânea da atenção (pequeno mal
epiléptico) a espasmos musculares e convulsões (grande mal epiléptico).GRANDE MAL EPILÉPTICO
Características:
A vitima perde a consciência e cai; fica rígida podendo parar de respirar por segundos; fica cianosada; os músculos relaxam e depois começam as convulsões; a respiração torna-se ruidosa e difícil e pode surgir espuma na boca; os músculos voltam a relaxar e o ataque e o ataque passa embora a vitima possa manter-se inconsciente por alguns minutos.
Socorro:
- Proteger a vitima;
- Não restringir os movimentos à força;
- Afastar todos os objectos em redor (fig. 6)
- Não deslocar a vitima;
- Não tentar acordar a vitima;
- Não dar nada de beber à vitima;
- Evitar a queda da língua colocando uma caneta atravessada na boca;
- Colocar em PLS quando as convulsões pararem;
- Manter acompanhamento até a recuperação completa;
- Encaminhar a vitima ao hospital.
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Fig. 5 |
PEQUENO MAL EPILÉPTICO
Características:
A vitima pode ter um olhar alheado e ou sonhador; poderão surgir comportamentos estranhos como: mastigar ou apertar os lábios ou dizer frases sem sentido; a vitima poderá ter falhas de memória.
Socorro:
- Proteger a vitima de perigos;
- Afasta-la de curiosos;
- Acompanha-la até estar completamente recuperada;
- Aconselha-la a procurar um médico.
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Fig. 6 |
TRANSTORNO DELIRANTE
É normalmente causada por reacção exagerada a uma
contrariedade emocional.Características:
Perda de controle momentâneo do comportamento acompanhada de gritos, berros, choro e movimentos violentos dos membros; pode surgir respiração ofegante.
Socorro:
- Acalme a vitima evitando mostrar compaixão e gentilmente mas firmemente acompanhe-a a um lugar mais calmo (fig. 7);
- Fique junto da vitima em observação até à total recuperação;
- Aconselhe a vitima a procurar um médico; não restringir os movimentos da vitima à força nem a esbofeteie, porque pode aumentar a violência da vitima e não acalma-la;
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Fig. 7 |
SENSAÇÃO DE DESMAIO OU DESMAIO
SENSAÇÃO DE DESMAIOCaracterísticas:
Palidez; suores frios; falta de forças; pulso fraco.
Socorro:
- Sentar a vitima;
- Colocar-lhe a cabeça entre as pernas;
- Molhar-lhe a testa com água fria;
- Dar-lhe a beber água açucarada ou chá;
- Manter-se próximo da vitima até esta estar recuperada.
DESMAIO
Socorro, se a vitima já estiver desmaiada:
- Deitar a vitima com a cabeça de lado e mais baixa do que as pernas (fig. 8);
- Desapertar-lhe as roupas;
- Mantê-la aquecida;
- Logo que esta recupere dar-lhe de beber água açucarada ou chá;
- Encaminha-la ao médico.
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Fig. 8 |
HEMORRAGIAS
Grande perda de sangue devido a ruptura de vasos sanguíneos.Características:
Extravasamento de sangue visível; dor localizada; rubor; sensação de edema.
Socorro:
- Deitar a vitima;
- Elevar o membro (fig. 9);
- Aplicar sobre a ferida, um pano limpo, seco e sem pelos ou lenço de papel;
- Se o pano ficar ensopado de sangue,
- Colocar um outro por cima, sem retirar o primeiro;
- Fazer compressão até a hemorragia parar;
- Se esta parar, colocar um penso compressivo sobre a ferida e envolver com compressa (10);
- Se a hemorragia demorar a cessar, alertar o 112.
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Fig. 9 |
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Fig. 10 |
EPISTAXIS
Perda de sangue pelo nariz.Socorro:
- Colocar a vitima com a cabeça direita no alinhamento do corpo;
- fazer compressão com dedos polegar e indicador, em pinça, até a hemorragia cessar (fig. 11);
- aplicar gelo no nariz;
- aplicar algo frio na nuca e trazer para o exterior;
- caso a hemorragia não pare deve-se encaminhar a vitima para de saúde/hospital.
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Fig. 11 |
FERIDAS
Superficiais:- Acalmar a pessoa falando com ela;
- expor a zona da ferida para se poder observar cuidadosamente (retirar anéis, fios ou ornamentos);
- lavar bem as mãos;
- lavar bem a ferida com água e sabão;
- desinfectar com solução anti-séptica (fig. 12).
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Fig. 12 |
Profundas:
- Não retirar objectos encravados que se encontrem na ferida;
- encaminhar para o Hospital ou Centro de Saúde.
FERIDAS NOS OLHOS
- Tapar os dois olhos ou um só com compressas e encaminhar para o Hospital ou Centro de Saúde.
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Fig. 13 |
O QUE NÃO DEVE FAZER !
- Falar;
- Tossir;
- Espirrar;
- Fumar;
- Soprar, para cima da ferida;
- Mexer directamente nas feridas;
- Utilizar mercuriocromo ou tintura de iodo!
ENTORSE
Conceito:Torção dos ligamentos que reforçam, provocado por um repuxamento violento ou movimento forçado a esse nível.
Características:
Dor forte no momento do acidente, que aumenta com o movimento; Edema (inchaço) na região articular; Equimose (nódoa negra) em alguns casos.
Socorro:
- Instalar a pessoa em posição confortável;
- Aplicar gelo/água fria a correr no local (cuidados na aplicação do gelo) (fig. 14);
- Evitar a movimentação da articulação lesionada (imobilizar com algodão, ligadura);
- posteriormente recorrer ao Centro de Saúde.
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Fig. 14 |
CORPOS ESTRANHOS
São corpos que penetram no organismo através de um qualquer orifício ou
após uma lesão de causa variável.Socorro:
OLHOS
- Abrir as pálpebras com muito cuidado;
- Fazer correr água sobre o olho no sentido do nariz para o canto externo (repetir);
- Se obtiver resultado fazer penso oclusivo, dos dois olhos, e dirigir-se para o hospital.
- Enviar para o hospital.
- Pedir para assoar com força, comprimindo a narina contrária
- Tossir;
- Dar uma pancada nas costas;
- Manobra de HEIMLICH (fig. 15 e 16).
Vitima consciente | Vitima inconsciente |
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Fig. 15 | Fig. 16 |
FRACTURAS
Características:Palidez; pele fria e húmida; dor local; dormência do membro lesado; perda de força e incapacidade de mexer o membro lesado.
Estar atento a: Inchaço; equimoses; desalinhamento da extremidade do membro afectado.
Socorro:
- Deixar que a vitima segure o membro na posição mais confortável (fig. 17);
- ajude-a sentar ou deitar como esta preferir;
- se possível ajude a imobilizar a fractura com uma almofada ou algo duro (fig. 18).
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Fig. 17 | Fig. 18 |
BACIA
- Colocar peça de roupa debaixo do tronco e membros superiores, sem mover a bacia;
- tapar a vitima;
- não dar de beber/comer.
- Colocar uma manta em apoio do lado lesado desde a cintura ao tornozelo;
- não mover a vitima;
- chamar a ambulância.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - S.B.V.
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Fig. 19 |
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