GRUPO ESCOTEIRO
MARECHAL JOÃO BATISTA MASCARENHAS
DE MORAIS - 3º AL
NATAN SANTOS FERREIRA
RELATÓRIO DO ACAMPAMENTO NA SERRA DA TABANGA
ARAPIRACA – AL - 2017
DISSERTAÇÃO
Nos dias 4 e 5
de fevereiro, o grupo
de escoteiros Marechal João Batista Mascarenhas de Moraes realizou um acampamento técnico na serra da Tabanga – SE nas proximidades da cidade de
Traipu –
AL. O objetivo do acampamento,
assim como
fora
o
de
vários outros,
era
o
de
proporcionar aos escoteiros, sêniores, pioneiros e chefes a experiência da vida no mato e a possibilidade de
um maior crescimento técnico e empírico das habilidades escoteiras.
Baden Powell, fundador
do escotismo, afirmou que cada ser humano, e principalmente os jovens, devem dormir em meio às intempéries
do clima, ao
relento, no mato, longe das civilizações,
tecnologias e facilidades, no mínimo, uma vez ao mês. Isso se deve a vários fatores: Primeiro
porque no mato, ao ser exposto a alguma dificuldade, o ser humano tende a pensar e a achar
soluções para
elas.
Isso pode
ser estendido
e aproveitado na vida cotidiana. Por exemplo: o
homem que é formado em
meio
ao mundo
de facilidades que é o de hoje, tende
a desistir dos seus objetivos
no primeiro problema que aparece. É a vida sedentária e
vegetativa que o homo sapiens vive. Em
contrapartida, o homem sertanejo que vive no mato tende a enfrentar várias dificuldades e a achar
soluções para elas, afinal, não há muitas opções para se escolher, sendo que, ou se aprende a sobreviver, ou
simplesmente você morre sem saber o que fazer. Segundo porque o ser
humano é adaptável. Quando exposto ao frio, calor, bactérias, vírus, e
outros, tendem a se sobrepor a essas coisas, ou seja, se
tornar mais fortes. Foi que o naturalista Charler Darwin falou em seu livro “A
origem das espécies”. Terceiro porque o jovem que dorme ao relento no mato, como em um acampamento, provavelmente
terá que construir seu próprio abrigo e fazer
sua própria alimentação. Isso faz dos jovens pessoas autônomas capazes de se virarem sem depender de alguém para poder
se alimentar e viver.
Isso é o que a proposta escoteira trás, que é a
de formar cidadãos, e principalmente: homens
viris e fortes. O método escoteiro é se
utilizar de atividades ao ar livre e de jogos educativos através
do aprender fazendo. O escotismo divide o
ser humano em 6 grandes áreas e propõe,
através de seus métodos e atividades, desenvolver essas áreas nos jovens,
as quais são: intelectual, caráter, físico, espiritual, social
e afetivo. Esse foi
um dos principais objetivos do acampamento na
serra da Tabanga.
O grupo escoteiro é uma família. Nela têm-se por objetivo viver em coesão
de unicidade. Isso quer dizer que todos
são um. Todavia também há hierarquias e dependências. Por esses
motivos, dentro do grupo escoteiro existem divisões de ramos por idade, pois cada um delas tem
suas próprias exigências.
Têm-se o ramo lobinho ( dos 7 aos 10 anos ), o ramos escoteiro ( dos 11
aos 14 anos ) , o ramo sênior ( dos 15 aos 17 anos ) e o ramos pioneiro (dos 18 aos 21 anos). Cada
ramo tem seu nível de conhecimento, técnicas e métodos usados para o desenvolvimento dos
jovens. Essa divisão é visível nas reuniões escoteiras, quando se observa que cada um se
separa depois do debandar e vão ter suas próprias instruções.
Entretanto
essa divisão não é apenas visível
nas reuniões escoteiras, mas
também nos acampamentos.
Descrição do acampamento:
O acampamento foi marcado. As autorizações foram entregues e lá dizia que o ponto de encontro de todos os escoteiros seria às 7 horas na
frente da escola 31 de
Março. O objetivo era se encontrar nesse local para esperar o ônibus que os levaria até a cidade de Traipu. O preço de tudo era R$ 25, 00 pois a ida e volta de ônibus era R$ 18,00 e o do barco era de R$
6,00.
Assim certo, de última hora, o horário de encontro que seria às 7 foi alterado para às 8 por motivos desconhecidos, mas nem todos que
iriam
foram avisados. Às 7 horas já
havia muitos escoteiros
na frente da escola esperando
o transporte. Alguns até, confundidos, ao
serem os primeiros a chegar ligaram para os chefes para saber se
o o ponto de encontro era lá mesmo, pois já
eram mais de 7 e não havia chegado ninguém.
Imprevisto
acertado, perto
das 8, aos poucos os demais que iriam para
ao acampamento
foram chegando. O diretor presidente do Mascarenhas e da região escoteira de Alagoas, Ch Elisson,
não poderia estar
presente, pois iria para
algumas
reuniões no sábado
e no
domingo, impossibilitando sua ida ao acampamento. Todavia, às 7:30 do sábado, no ponto de encontro, ele estava lá dando seu apoio e seu auxílio ao que e a quem precisasse. Também, enquanto todos não chegavam, o chefe Ataíde, para ocupar o pessoal, começou a dar algumas instruções de nós e arremate
de cabos.
Quando todos chegaram já eram mais de 8:40, então puseram as mochilas nas costas,
guardaram os equipamentos, e subiram no ônibus para seguir viagem. A
caminho de Traipu, os chefes
sentaram na frente do carro, os escoteiros e sêniores no meio, e os pioneiros atrás. Alguns
foram conversando, mas os pioneiros, sêniores e escoteiros começaram a cantar algumas músicas e
estilos musicais diversos,
entre eles o funk. O Ch
Veterano teve que intervir algumas vezes para cantarem músicas saudáveis, pois
o
ônibus não estava
exclusivo e
algumas pessoas apaisana
estavam no ônibus, o que ouvir um escoteiro cantar funk seria mal
para a imagem dos escoteiros. E
assim foi a viagem.
A chegada em Traipu foi tranquila. Mas houve um fato interessante: a coincidência do encontro dos pais do sênior Peter, que estavam em Traipu a passeio, com o grupo escoteiro. Assim que ele os avistou, tentou se esconder, pois, segundo ele mesmo, não tinha pedido aos pais para ir
ao acampamento. Depois de uma insistência da chefia e dos demais, ele acabou indo falar com os eles e acabou dando tudo certo. Depois desse fato, o ônibus foi pago
e todos desceram
para pegar o barco que os
levaria até o outro lado
do rio, em Sergipe, para
serra da Tabanga.
Pegaram o barco, embarcaram os equipamentos e
foram embora. No meio do
caminho
houveram algumas fotos e os chefes do clã templários recomendaram
que os pioneiros ficassem
de olho nas pedras das margens para poderem identificar alguma via que servisse para fazer
rapel, pois uma das missões
do clã era fazer um treinamento de
rapel com segurança.
Ao chegarem a margem de Sergipe do rio, foram a um lugar diferente do que tinha sido
usado no último acampamento, pois os chefes queriam
escolher outro local. Desceram e procuraram uma árvore para pôr as mochilas. Enquanto
isso, alguns chefes foram procurar
um local para montar o acampamento. Infelizmente, um local adequado não foi encontrado.
A solução era voltar e ficar
com o local antigo. As margens eram fechadas por pedras e pela água, daí só poderiam atravessar se fossem nadando ou se subissem um pouco a serra para contornar. A primeira opção não daria por conta das mochilas
e dos equipamentos e cordas de rapel, daí tiveram que
escolher a segunda opção. Essa foi uma das partes mais cansativas do acampamento, pois subir a serra com peso nas costas e os
sol causticante na cabeça, com o caminho
irregular
e
de
difícil
acesso,
cheio
de
plantas
espinhosas e urticantes em plena seca,
não era fácil.
Todavia o caminho foi contornado
e, depois de algumas baixas, finalmente chegaram ao
local do acampamento. As tropas foram divididas, e a primeira ordem dada foi a de fazer abrigo.
Assim começou-se a corrida para
se fazer o abrigo.
Logo depois, os
chefes Eduardo e Rudney chegaram
ao acampamento. O Ch Eduardo ficou com
os Templários enquanto o Ch Rudney ficou com a chefia. Um tempo depois o Ch Eduardo chamou os pioneiros para nadar e dar instruções
a respeito da região em que se encontravam. Dentro da água foi instruído sobre vários assuntos, como o
grau de contaminação da água em que
estavam, que apesar de ter uma pequena
taxa de coliformes fecais,
não trazia risco
às pessoas, e por isso poderia ser ingerida. Foi falado sobre o uso de água sanitária para matar as bactérias da água,
onde é usado 2 gotas para 1 litro e onde,
quando é preparado, é mexido e
não se pode entrar em
contato com o Sol, e depois que aberto tem-se que esperar um pouco para o gás sair. Foi falado sobre as algas do rio, que se existem, e se existem peixes, significa que ali a região é limpa Foi falado sobre como as algas purificam a água,
e como elas viram petróleo depois. Foi falado sobre o fato de algumas algas e plantas em decomposição em alguns rios
se tornarem tóxicas,
impossibilitando o acampamento naquele local. Depois foi feito um exercício de respiração
de baixo da água.
Depois do banho, os pioneiros foram fazer seu almoço enquanto os escoteiros e sêniores terminavam seus abrigos. Após terminarem, foram fazer seu almoço, mas os pioneiros já tinham terminado e estavam descansando. Alguns escoteiros e sêniores tiveram dificuldade em fazer fogo e abrigo,
sobrando para os chefes a missão de
instruí-los .
Depois do descanso,
os pioneiros foram procurar um local para
ter
instrução de rapel enquanto os escoteiros e seniores tinham as próprias instruções.
Os pioneiros tiveram instrução de
rapel até o escurecer e depois
voltaram para seu campo, onde prepararam-se para o jantar.
Depois que todo mundo estava alimentado, às 10 horas houve um fogo de conselho simbólico, mas não um propriamente dito. Nele foi feito e falado coisas divertidas e depois uma conversa
bem franca, onde todos
tiveram a oportunidade de
se abrir e desabafar. Foi
uma experiência gratificante.
Ao pé
do fogo todos puderam
se
conhecer melhor
e
crescer espiritualmente.
O fogo acabou um
pouco depois de 1 da manhã, e assim
que terminou, foi
dado o debandar, com exceção dos pioneiros,
que iriam fazer a vigília.
A alvorada foi às 7 horas da manhã, onde o Ch Kellysson fez alguns exercícios com os escoteiros e
Sêniores. Depois foi
feito
o café da manhã e os pioneiros foram
continuar a sua instrução de rapel
num nova via que haviam descoberto. Os escoteiros e sêniores foram tomar
banho de rio. Depois, já tarde, os pioneiros foram fazer o almoço e
descansar. Depois foi feita uma pequena reunião e o P.O.R
para voltarmos para casa. Assim o acampamento
se encerrou.
“Essa descrição foi feita e revisada por
NATAN SANTOS FERREIRA pioneiro e presidente da
comissão administrativa do clã de pioneiros templários.”
Arapiraca- AL, 10 de fevereiro
de 2017.
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